A fase que o Figueirense está passando é extremamente preocupante, tanto dentro como fora de campo. As notícias infelizmente não são nada boas. Trata-se de uma das piores temporadas da história do clube. Há muito tempo o torcedor alvinegro não demonstrava tamanho desprezo. O descredito é enorme, algo fora do comum.
Percebe-se claramente que o descontentamento não é nem em relação ao time (os jogadores são fracos, eles não têm culpa de terem sido contratados), e sim com aqueles que estão por trás dos holofotes. O vice-presidente de futebol, Marcos Moura Teixeira, por exemplo, é uma pessoa que não carrega consigo a simpatia dos torcedores, imprensa, dirigentes, comissão técnica e, inclusive, dos próprios jogadores, entretanto, permanece firme e forte em seu cargo, e cada vez mais poderoso.
Após o término do jogo contra o América/MG, um ouvinte disse ao vivo na rádio CBN que não compreendia a paixão do presidente com o vice-presidente de futebol do clube: "Eu tenho a impressão que o MMT hipnotizou o Wilfredo. Só isso pode explicar a permanência dele no Figueirense até hoje."
Tinha pensado em escrever algo sobre o coordenador de futebol, Leandro Niehues (agora, ex-coordenador), porém, acabei de saber que ele fora demitido. Eu não entendia muito bem o que este cidadão fazia no Figueirense, o papel, a função dele perante o grupo de jogadores. Ele era uma especie de peso morto, que não tinha utilidade alguma. Já foi tarde!
Um dos fatos geradores da sua demissão, além da enorme incompetência, deve ter sido o episódio ocorrido em Natal. Durante o intervalo da partida contra o América/RN, o figura foi ao vestiário e soltou os cachorros para cima dos jogadores. O Eutrópio, treinador da equipe, permaneceu quieto, mudo, assistindo calado toda a bronca. Isso é coisa que se faça? Diga-se de passagem, o Figueirense perdeu aquele jogo por 2 a 0, placar obtido pelo adversário na segunda etapa. Coincidência?
O presidente do Figueirense precisa chamar a responsabilidade para si. No meu ponto de vista a solução dos problemas é mais simples do que se imagina. Em razão do curto espaço de tempo, no entanto, talvez eles não sejam resolvidos de imediato, mas pelo menos seriam aos poucos amenizados. O próximo que tem, deve e precisa receber uma passagem só de ida para bem longe daqui é o Marcos Moura Teixeira. É o que todos desejam. Tanto ele quanto o Leandro Niehues têm que ser substituídos o quanto antes por profissionais capacitados, de preferência, que conheçam o clube. Tem gente que faria estas funções de graça.
Está na hora, ou melhor, já passou da hora do presidente agir com pulso firme e começar a fazer algo realmente em prol do Figueirense. Caso contrário, o buraco, que já é extenso, vai acabar ficando ainda mais profundo. Nunca é tarde para admitir um erro.