O Figueirense, melhor time disparado da competição, foi a Blumenau e não tomou conhecimento do então líder do returno, o Metropolitano, aplicando uma sonora goleada para cima deles. Foram quatro gols, mas poderia ter sido cinco, seis, sete ou oito, sem nenhum exagero.
A partida começou um pouco complicada para o Figueirense. É inegável que o time sente muito a falta do Ygor. No ano passado isso geralmente acontecia quando o Maicon não jogava, mas neste ano o mesmo acontece quando o Ygor não está em campo. Doriva, que entrou no lugar dele, não comprometeu, até que jogou bem. No meu ponto de vista, claro. Mas uma coisa é jogar com o Doriva e outra é com o Ygor, não há nem o que se comparar.
O time demorou para se achar em campo. A primeira metade do etapa inicial foi toda do Metropolitano. Os blumenauenses chegavam muito fácil, principalmente pelas costas dos laterais alvinegros. Aliás, diga-se de passagem, o Branco tem que corrigir isso com URGÊNCIA. Está sendo muito fácil se chegar pelas costas do Pablo e do Guilherme Santos. Falta a eles noção de cobertura na marcação, algo que é primordial para um jogador que atua nesta posição.
Tudo corria bem, o Metropolitano havia diminuído o ritmo do início do jogo, até que o senhor Ronan Marques da Rosa, árbitro do jogo, conseguiu ver pênalti num lance em que o Sandro tocou na bola, repito, tocou apenas na BOLA. E o pior, como se já não bastasse o erro absurdo, medonho e cretino, ele me expulsa o zagueiro do Figueirense sem mais nem menos.
Primeiro: Não foi pênalti! As pessoas que tiverem a oportunidade de ver ou rever aquele lance e acharem ou terem certeza que foi falta, com todo o respeito que merecerem, ou não entendem de regras de futebol ou então são cegas.
Segundo: Se consideramos que aquilo foi falta, temos que ser justos, pois ela foi feita fora da área. Quem acompanhar o lance novamente percebe claramente que o Sandro da o carrinho, limpo, na bola, fora da área. O jogador do Metropolitano cai dentro da área, mas a "falta" foi feita fora da área.
Terceiro: Sandro não fez falta, ele não era o último jogador do Figueirense. A bola não ia em direção ao gol, mesmo assim o seu Ronan Marques da Rosa marca pênalti e ainda por cima dá cartão vermelho para o zagueiro alvinegro. Absurdo! Uma das maiores lambaças que eu vi num jogo de futebol.
Errar é humano, tudo bem, todo mundo erra, mas errar um lance daquele é infantilidade, burrice e ignorância. Pior ainda são alguns comentaristas corroborarem com a marcação do árbitro, que não visão deles acertou em dar o pênalti.
O Sr. Spock, por exemplo, disse, ou melhor, ousou dizer, por sinal, que houve neste lance duas faltas do Sando; por baixo, o carrinho, e por cima, um puxão no atacante do Metropolitano. (Ao final do jogo, perguntando sobre o lance do "pênalti", o próprio treinador do Metropolitano disse, em alto e bom som, que não houve a penalidade, e que o árbitro havia se equivocado no lance).
Todavia, como diz o ditado: "Pênalti mal marcado não entra". Dito e feito! Rafa Costa, o Pelezinho, que só faz gols contra time pequenos, deu uma de Elano e chutou a bola lá na casa do chapéu. Logo em seguida, para compensar, o Ronan expulsou um jogador do time deles num lance que nem amarelo era para dar. Coisa horrorosa.
Na volta para o segundo tempo, Branco tirou o Botti, que não fez absolutamente nada na primeira etapa, e colocou em seu lugar o zagueiro João Paulo Goiano, para suprimir a ausência do Sandro, expulso erroneamente pelo árbitro.
Sorte a nossa, pois logo no primeiro lance de ataque ele, Aloísio, após um cruzamento de Guilherme Santos se antecipou ao goleiro adversário e abriu o placar para o Figueirense. Com o gol o time se assentou e campo e passou a dominar por completo o controle da partida.
Depois veio, ao natural, os gols de Júlio César, de pênalti (esse foi); Túlio, após um toque sensacional de calcanhar do imperador alvinegro; e por fim, outro do Aloísio. Foram quatro gols, mas poderiam ter sido bem mais. Se não fosse o pênalti perdido do Aloísio teria sido no mínimo cinco, isso sem contar as outras chances claras de gol que o time acabou desperdiçando.
De qualquer forma foi um grande resultado conquistado pelo Figueirense. Contra tudo e contra todos, apesar das dificuldades impostas pela arbitragem, que queria, ou melhor, quis e complicou bastante para nós na primeira etapa, o alvinegro não tomou conhecimento e mostrou para o Metropolitano que estamos num outro patamar, muito, mas muito acima deles.
Líder no primeiro turno, líder no segundo, líder na classificação geral do campeonato e melhor ataque do Brasil, com 41gols em apenas 13 jogos... Está ou não está de bom tamanho?