quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Definitivamente qualquer jogador do leão banguela é melhor do que qualquer jogador do Figueirense

Antes dos comentários que eu farei da grande vitória do Figueirense sobre o Brusque, preciso falar à vocês duas coisinhas:

Critiquei o Júlio César porque no meu ponto de vista ele estava jogando abaixo, muito abaixo do que pode jogar. Hoje ele demonstrou que tudo não passava de uma fase ruim, que por sinal todo jogador passa e tem o direito de passar. Ninguém é de ferro, muito menos jogador de futebol. Mais do que os três gols, fiquei feliz ao vê-lo correr, se esforçar e brigar do início ao fim do jogo. Não tinha bola perdida; é assim que tem que ser, Júlio César. Porém fiquem ligados, pois a imprensa vai dizer que os torcedores alvinegros queriam ele fora do time e que ontem ele calou a boca de muita gente.

Depois da derrota acachapante que sofreu para o Joinville (3 a 0), podem anotar que nos programas esportivos desta quinta-feira os gênios da lâmpada da croniqueta esportiva da nossa cidade dirão que o azulino não era aquilo tudo, que ainda falta muita coisa para o Mauro Ovelha arrumar aquele time cacareco e que o elenco precisa ser reforçado, com urgência. Lembrando que antes deste jogo o leão banguela era um time bem arrumado, compactado, com jogadas muito bem definidas e que fazia belas partidas.

Pois bem, vamos ao jogo que é o quê realmente interessa.

O Brusque é um time ruim, mas se foi ruim contra o Figueirense da mesma forma foi ruim contra a Chapecoense, o Criciúma, o Joinville e principalmente o time do mangue. O pior jogo que eu vi até agora foi Brusque e azulino, uma tremenda porcaria. Portanto, dizer que o Figueirense bateu em cachorro morto é um comentário extremamente oportunista de quem não quer dar o braço a torcer.

O jogo começou truncado. O time do Vale do Itajaí veio para não tomar uma goleada, mas todos sabiam - aqueles que entendem um pouco de futebol sabem - que o Figueirense venceria e que os gols sairiam gradativamente, aos poucos.

Júlio César fez o primeiro gol do Figueirense. Lá de onde eu estava pensei que havia sido de bico, tipo aquele gol que o Ronaldo fez contra a Turquia na Copa de 2002, porém revi o lance na televisão e vi que o gol foi com o peito do pé, de cabeça erguida, tirando do alcance do goleiro.

Compactado e jogando bem com dois meias na equipe (não estou falando do leão banguela) o Figueirense não teve nenhum trabalho no primeiro tempo, até que Júlio César, novamente, desta vez de fora da área colocou a bola lá na gaveta, indefensável. Nem dois goleiros, ou melhor, nem doze goleiros conseguiriam defender aquela bola.

O Figueirense tem e precisa jogar com dois meias de titulares. Gostei do time jogando com Roni e Luiz Fernando, pois a bola rolou muito mais e as chances de gols surgiram com muito mais frequência. Aliás, Roni é craque e joga demais, mesmo o jornalista gaudério, da emissora gaudéria, achando Robinho >>>> Roni.

No segundo tempo nada mudou. O time brusquense entrou em campo com a mesma proposta da primeira etapa, ou seja, tentar não levar uma goleada. Mas não conseguiu. O Figueirense continuou naquela de jogar sem maiores preocupações e buscando fazer mais gols.

Toca para lá, toca para cá, até que Branco providenciou duas alterações na equipe. Saíram Roni e Niell, e em seus lugares entraram Botti e Héber. O ritmo, no entanto, não caiu, na verdade aumentou. O volume de jogo do Figueirense cresceu e o time passou a pressionar ainda mais o adversário.

Gostei do Botti... No pouco tempo que esteve em campo fez uma dupla interessante com Luiz Fernando. Pensei que ele era um jogador meio paradão, daqueles que costuma cadenciar o jogo. Só que não, na verdade é um jogador rápido e que dá muita velocidade nas jogadas. A bola não morre em seus pés, sabe?

O terceiro gol do Figueirense veio ao natural. Numa bela jogada pela esquerda do ataque, após um cruzamento do lateral-esquerdo Guilherme Santos, o lateral-direito Pablo acabou ajeitando a bola para Héber que, sozinho, praticamente na marca do pênalti, finalizou para as redes sem dificuldades.

Toró entrou no lugar de Túlio, pois o mesmo estava cansado. Jogou muito, de novo. Aloísio que me desculpe, mas nosso veterano volante está jogando muita bola e vem sendo, sem dúvida, o melhor jogador do Figueirense até o presente momento.

A goelada estava se configurando, até que ele, Fred Perone (hoje deu alguns sustos na torcida) deu um passe a lá Gerson, de pelo menos 30 metros, e colocou Júlio César na cara do goleiro do Brusque. Dançou para um lado, dançou para o outro, deixou o arqueiro brusquense sentado no chão, chutou para o gol e anotou o seu terceiro gol no jogo. Maravilha!

Fim de jogo: Goleada do Figueirense por 4 a 0 no Brusque. Não tenho mais o que falar. Os adversários diretos à disputa do título do primeiro turno deixaram, permitiram e fizeram um esforço danado para que nós chegássemos. E chegamos. Agora não adianta reclamar e chorar pelo leite derramado, somos líderes e não vemos absolutamente ninguém na nossa frente.

Abaixo à soberba! Viva o futebol!

3 comentários:

Bruno disse...

Falando no jornalista gaudério da emissora gaudéria, no começo do jogo a Gaviões fez uma homenagem pra ele, visse?

Leandro Ouriques dos Santos disse...

E aí Bruno, beleza? Não vi cara, cheguei no Scarpelli e a bola já tava rolando. Qual foi a homenagem?

Bruno disse...

Um sonoro "Ei, Castiel, vai ..."

O resto já conheces.