terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sem essa de poupar jogadores

Em 2013 os jogadores do Figueirense sofreram muito com lesões. O grupo foi prejudicado em todas as competições que disputou, principalmente na Série B. O departamento médico do clube nunca teve tantos "frequentadores". Praticamente todos os atletas, do goleiro ao ponta esquerda, ficaram pelo menos uma semana afastados dos gramados, preventivamente ou se recuperando de uma lesão. Num determinado período do ano cerca de seis ou sete jogadores considerados titulares estavam lesionados.
 
Nesta temporada, pouco mais de um mês após se reapresentarem no início de janeiro, dois jogadores já se lesionaram (Nem e Paulo Roberto), e outro foi poupado, sequer relacionado para o jogo contra o Ibirama (Nirley). Na partida contra o Ibirama, aliás, além de Nirley; Wesley, Éverton Santos e Lúcio Maranhão, então titulares, também foram poupados, só que os três últimos viajaram e, inclusive, acabaram entrando no time na segunda etapa.
 
A maioria dos jogadores reclamam que o que realmente sobrecarrega o condicionamento físico deles são as viagens, as concentrações etc. O jogo em si é o que menos cansa. Desta vez, a justificativa para eles terem sido poupados trata-se do tal CK (o CK é um exame que verifica a condição física dos atletas). Segundo consta, o CK deles estava elevado, por isso Wesley, Éverton Santos e Lúcio Maranhão não começaram o confronto como titulares, e o Nirley nem viajou.
 
Eu não tenho em mãos o relatório de condicionamento físico dos jogadores do Figueirense, porém causa-me espanto eles começarem a poupar os caras tão cedo, com apenas cinco rodadas. Poupar o Marcos Assunção (37 anos), Paulo Baier (276 anos) ou Rodrigo Gral (143 anos) é uma coisa, no entanto poupar jogadores com 22, 23 ou 24 anos é totalmente diferente e incompreensível. Não faz sentido.
 
Não faz sentido, uma vez que três dos quatro poupados acabaram entrando em campo neste domingo, atuando quase que todo o segundo tempo da partida diante do Ibirama. Ou seja, viajaram, concentraram e jogaram praticamente 45 minutos. Isso é poupar? Claro que não. Se for para poupar, não relaciona, deixa em Floripa descansando, ou simplesmente tratando. Quem atua 45 minutos atua, também, 70, 80 ou até mesmo 90 minutos. Por isso penso que o Eutrópio errou, pois deveria ter iniciado o jogo com o time considerado titular.
 
Em razão da Copa do Mundo, após o término dos Estaduais não teremos futebol no Brasil por aproximadamente 40 dias, tempo suficiente para recuperar, preparar ou aprimorar ainda mais o condicionamento físico dos jogadores, algo que não acontece adequadamente no início do ano.
 
O Figueirense precisa vencer o Campeonato Catarinense. São praticamente seis anos sem nenhuma conquista. Se ficar nessa de poupar jogadores em jogos importantes vai acabar ficando mais um ano sem título. Aí bobeia, fica de fora do quadrangular final, e arrebenta com os caras no famigerado hexagonal, que não trás título e não leva a lugar algum.

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