terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Grande, enorme e gigantesca decepção


Agora posso falar de algo que eu deixo nas entrelinhas há muito tempo, mas que em razão da situação pela qual o Figueirense estava passando no Campeonato Brasileiro, talvez não fosse o momento certo e muito menos o mais adequado pra ser dito.

Pois bem, desta vez falarei, no meu humilde ponto de vista, sobre a maior decepção do Figueirense no ano, ou melhor, no Brasileirão: O nome dele é Elias (Ô Âncora).

Desde o ano passado, sabe-se lá porque, por diversas e inúmeras vezes a imprensa azul e branca de nossa cidade vinha batendo na tecla que o Figueirense não tinha em seu elenco um verdadeiro camisa 10 pra comandar e ser uma espécie de dono do meio-campo do Alvinegro. 

Mesmo tendo Maicon e Fernandes, pra eles (imprensa) ambos nunca foram unanimidade. Fernandes por causa da idade, das lesões, por não aguentar mais do que 45 minutos, pela qualidade dos adversários etc; enquanto Maicon, por não ter as características pra assumir a responsabilidade de ser o homem de criação da equipe.

Dito isto, o Figueirense foi atrás de um camisa 10 e anunciou a contratação de Elias, que havia feito um belíssimo Brasileirão pelo Atlético/GO na temporada passada, inclusive sendo o artilheiro da equipe.

Elias chegou e assinou um pré-contrato com o Figueirense, já que ainda estava vinculado ao clube que jogou no mundo árabe. Ficou treinando em separado do restante da equipe por cerca de 30 dias pra readquirir a forma física, até a semana de sua estreia no jogo contra o Grêmio, no Scarpelli. 

Todos aguardavam, e como, a estreia de Elias; ele havia sido contratado pra ser o cara do Figueirense. Ele entrou no segundo tempo do jogo contra o Grêmio, até que aos 45 minutos o árbitro marcou um pênalti a favor do Alvinegro. Quem pega a bola? Elias. Elias coloca a bola na marca da cal, corre em direção à bola, chuta no gol e... Defesa do goleiro do Grêmio. Os torcedores ficaram desanimados e decepcionados, pois aquele seria o gol da vitória do Figueirense.

Elias foi criticado, muito criticado. Ninguém entendia o porquê de um estreante ter tido a responsabilidade de cobrar aquele pênalti. Mas bola pra frente. Só perde o pênalti quem tem a coragem de ir lá batê-lo.

Vieram os jogos seguintes e aos poucos Elias foi se tornando titular da equipe. O time não vinha bem, não conseguia vencer em casa e Jorginho muito questionado pela imprensa e principalmente pelos torcedores alvinegros.

Jogo contra o Atlético/MG, lá em Minas Gerais. Elias faz dois golaços e arrebenta com o jogo. Figueirense vence a primeira fora de casa e o camisa 10 mostra porque foi contratado. 

Será que todo gás, toda habilidade, os chutes certeiros e toda força de vontade de Elias foi gasta neste jogo?

Os próximos jogos de Elias no Figueirense não foram mais os mesmos. Uma boa partida contra o Cruzeiro, outra boa partida contra o Grêmio, e nada mais. O cansaço passou a ser o grande vilão do camisa 10 alvinegro.

Elias é poupado dos treinos, poupado em alguns jogos e se machuca, treinando. O futebol do mundo árabe paga muito bem, mas detona fisicamente com os atletas. Elias volta a treinar apenas fisicamente, ganha uma "folga" e depois volta à titularidade da equipe. Mas Elias não é nem sombra daquilo que todos nós esperávamos, não é nem sombra daquilo que foi naquele jogo contra o Atlético/MG.

Elias passa a ser questionado pela imprensa azul e branca e pelos próprios torcedores. Maicon passa a ser o novo camisa 10, de novo, e Fernandes entra por diversas vezes no lugar de Elias geralmente na segundo tempo das partidas.

Elias continua como titular da equipe...

Ao final do Campeonato Brasileiro vimos que Fernandes não se machucou, apresentou um bom futebol e foi muito mais eficiente e produtivo do que Elias. Já Maicon, mesmo não sendo o Maicon do Campeonato Catarinense, por causa também das lesões que sofreu, mostrou que pra ser o camisa 10 da equipe não é preciso muito, basta apenas agir como tal, coisa que Elias nunca sequer tentou fazer.

Critiquei muito Coutinho, Rhayner (Ô Raio), Wellington Nem (Ô Dáblio/Mano Nem), W Alguma Coisa Wellington, Jorginho, além de outros jogadores, mas o que mais me chateava era Elias, que não corria, não chutava, não marcava, não fazia gols, não armava o time; não fazia nada.

Elias se ficar, passe a jogar. Só isso, nada demais pra quem chegou pra ser o cara, não é verdade?

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