terça-feira, 27 de março de 2012

Arbitragem sob suspeita

Ontem o site da Federação Catarinense de Futebol, que é outro daqueles do mesmo nível do site do Figueirense, ou seja, uma verdadeira porcaria, lançou as súmulas dos jogos da última rodada do campeonato catarinense e, como de costume, fui dar uma olha na súmula da partida que envolvia o Figueirense, neste caso, contra a Chapecoense.

O senhor José Acácio da Rocha aprontou mais uma, e desta vez "atacou" o Figueirense colocando na súmula que, na saída para os vestiários, no intervalo do jogo, os torcedores alvinegros arremessaram contra o trio de arbitragem pedras de gelo, as quais acabaram batendo nos escudos de proteção dos policiais que os protegiam.

O primeiro ponto que tem que ser levantado são as pedras de gelo. Eu, que vou há muito, mas há muito tempo no Scarpelli, nunca comprei um refrigerante ou qualquer coisa líquida que continha pedras de gelo. Meio estranho o relato do árbitro na súmula da partida.

Segundo, e no meu ponto de vista o principal, a arbitragem do senhor José Acácio da Rocha está sob suspeita desde o momento em que ele disse, lá em Chapecó, ou a uma rádio de Chapecó, no dia do jogo da Chapecoense pela Copa do Brasil, que iria apitar o jogo de domingo, aqui em Florianópolis, antes mesmo de ser realizado o sorteio para definir os árbitros que apitariam naquela rodada.

Essa é uma questão que deve ser tratada com a devida atenção: Como é que um árbitro sabe, afirma e tem certeza que vai apitar um determinado jogo antes mesmo que se proceda o sorteio da arbitragem? No mínimo estranho, para não dizer outra coisa, até porque ninguém sabe ao certo o que ele quis dizer com isso. Intuição da parte dele evidentemente que não foi.

O presidente da FCF, durante o sorteio dos árbitros da próxima rodada, lá na sede em Balneário Camboriú, falou de tudo um pouco, disse até que o José Acácio da Rocha estava num tarde/noite infeliz, que acontece apitar mal, ninguém é infalível etc. Além disso, afastou os comentários suspeitos sobre os sorteios dos árbitros, colocou o nível da arbitragem catarinense lá em cima, mas em nenhum momento disse uma vírgula sequer sobre a declaração do referido árbitro para o pessoal de uma rádio de Chapecó. Aliás, durante o discurso efusivo do Delfim, toda a corja em sua volta ria, achava graça do que ele falava.

Uma coisa que deveria ser feita é um relatório das arbitragens, uma espécie de súmula daquilo que ele faz, ou deixa de fazer, em todos os jogos. No caso do senhor José Acácio da Rocha, por exemplo, o cara diz que vai apitar o jogo antes do sorteio, "coincidentemente" é escolhido (sorteado) para aquele jogo, apita mal, faz o que faz dentro de campo, consegue desagradar as duas equipes, carrega na súmula contra o time da casa e tudo fica por isso mesmo?

Não é de hoje que o senhor José Acácio da Rocha apronta para cima do Figueirense. Suas arbitragens são extremamente tendenciosas, e na maioria das vezes prejudicam demasiadamente o alvinegro.

Acho que a diretoria do Figueirense deveria tomar uma atitude séria contra este árbitro antes que ele consiga fazer algo ainda mais grave do que ele já fez ao clube. E o Tribunal de Justiça Desportiva de nosso Estado que o convoque, numa sessão como outra qualquer, para dar maiores explicações sobre àquilo que ele disse a uma rádio de Chapecó. Não se pode deixar barato não.

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