Quem percorre pelas ruas de Floripa e adjacências nota que é uma raridade ver uma pessoa sequer vestindo a camisa do time do Carianox. Interessante que até ontem tinha torcedor (sofredor) que ficava dias e dias com a mesma camisa. Fedendo e cheirando mal, muito mal por sinal. Entretanto, foi só o time do Carianox começar a descer ladeira a baixo que as camisas de repente sumiram, evaporaram, escafederam-se. O mais impressionante é que quando alguém aparece travestido com as vestimentas dos Bananas de Pijama, tem gente que chega a pensar que a camisa é de um time do exterior, tão rara é a presença dela pelas ruas da região.
Em sentido inverso, o Figueirense pode se orgulhar do seu torcedor. Nesses dois anos que o alvinegro disputou à série B, mesmo o time do Carianox sendo bi-campeão estadual e estando na série A, em nenhum momento eu presenciei o que acontece hoje em dia com relação aos torcedores (sofredores) do azulino. Os torcedores alvinegros nunca deixaram de sair às ruas com o manto sagrado independentemente dos resultados e da situação pelo qual o clube passava.
A paixão e o orgulho do torcedor alvinegro ultrapassam as barreiras dos resultados obtidos pelo time dentro de campo. Eu, por exemplo, vesti a camisa do Figueirense nestes dois últimos anos muito mais vezes do que nos anos anteriores, mesmo o clube estando na série A e ganhando campeonatos estaduais seguidamente.
Ainda bem que os torcedores alvinegros não demonstram sua paixão pelo clube apenas “na boa”. Assim seria muito fácil relatar a todos o quanto amo o meu clube.
Aliás, quem deve estar comemorando são os comerciantes que vendem baús. Pelo visto, face à situação pela qual o time do Carianox está passando, sendo rebaixado heroicamente para a série B, não há como negar que o melhor lugar para os torcedores (sofredores) do azulino guardarem os seus pijamas é lá no fundo de um baú bem novinho, até porque por lá elas permanecerão por um bom tempo.
Anotem aí!
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