Os torcedores do Figueirense têm que entender que o pagamento do “passe” dos jogadores que o clube anuncia como novos contratados não são provenientes dos cofres do clube, muito pelo contrário. A situação financeira do Figueirense não é das melhores. Sem meias palavras, o clube está no vermelho do vermelho e, em virtude disso, solicitou “ajuda” aos parceiros.
Quem adquire estes jogadores é a parceira, não o clube. A parceira é uma espécie de empresário do futebol, e faz o mesmo que, por exemplo, a Brazil Soccer, do Eduardo Uram. Ou seja, eles compram o passe do jogador, colocam no clube, de repente se destaca, e por fim, acaba sendo negociado por um valor considerável. Entretanto, pouco ou praticamente nada dos valores da negociação do atleta vai para o clube. É assim que os trâmites funcionam, não adianta imaginar o contrário disso. Considero perda de tempo, ou então, ingenuidade mesmo.
Já me disseram que independentemente de quem é o dono do passe e por quais valores o jogador é negociado, mesmo se o clube não ganhar nada, ele acaba ganhando com o futebol produzido pelo atleta. Tudo bem, de certa forma eu até concordo com este ponto de vista. Aliás, eu prefiro que um jogador de qualidade permaneça no elenco do meu time do que vendê-lo mesmo que seja por um preço excelente. Mas o problema em si não é esse. Eu acho que o clube tem que ser recompensado, e muito bem recompensado. Um clube de futebol profissional da grandeza do Figueirense não pode servir de “chocadeira” de um grupo de empresários e investidores.
Um jogador é contratado hoje por estes parceiros por um valor “x”, ele se destaca jogando pelo clube, o que acaba gerando uma proposta de outro clube ou de outro grupo de empresários, ele é vendido por um valor expressivo, mas o Figueirense não ganha absolutamente nada com isso. Vocês concordam com esse procedimento? Eu não!
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