sexta-feira, 8 de julho de 2011

O "CULPADO"

Eu não sou daqueles que creditam uma vitória ou muito menos uma derrota na conta do treinador.

Em contrapartida, no meu ponto de vista existem duas situações, apenas duas situações em que a decisão do técnico pode interferir na definição ou na alteração da história de uma partida. Falo, neste caso, da escalação inicial e posteriormente das substituições que ocorrem no andamento do jogo.

Não é o treinador que faz os gols, que dá carrinho, que marca, que finaliza de cabeça, que toma um frango etc, isso fica a cargo dos jogadores. O treinador, coitado, se for ruim e se ainda por cima não tiver autoridade, infelizmente não podo fazer nada.

Esquema tático não existe, é uma balela! O time treina durante toda a semana baseado num esquema tático, naquele esquema tático, somente naquele esquema tático, aí chega a partida de domingo, começa o jogo e logo no primeiro minuto o seu time leva um gol.

Pergunto-lhes: Para onde vai todo àquele esquema tático treinado manhã, tarde e noite depois de ter levado um gol logo no primeiro lance da partida?

Jogador de futebol obedece esquema tático? Da onde? Você joga uma pelada com seus amigos, começa o jogo na zaga e cinco minutos depois já está atuando no ataque. Exigir de um jogador de futebol profissional, macaco velho, calejado, que obedeça esquema tático? Jamais!

Tá! Falei, falei, falei, mas vocês devem estar se perguntando o que eu quis dizer com tudo isso? A resposta é simples, muito simples. Aquela coisa, quer dizer, o treinador do Figueirense, Jorginho, é um burro!

O Jorginho cometeu dois erros gravíssimos! Primeiro foi a escalação do time e depois as substituições que ele procedeu durante o jogo.

Ele havia dito que a entrada do Rhayner seria para dar mais velocidade ao time do Figueirense. Alguém por acaso viu alguma "velocidade" no time do Figueirense no jogo de ontem?

No primeiro tempo o time do Figueirense jogou exatamente da mesma forma que vem jogando fora de casa, ou seja, sem objetividade, sem vontade de querer partir pra cima do adversário e dando uma de "Armandinho", tocando a bola de um lado para o outro sem que dali saia alguma coisa.

Não que o Figueirense tinha que sair do primeiro tempo vencendo por 2x0 ou 3x0, mas que pelo menos o time tivesse dado um chute no gol do Edson Bastos.

Eu não culpo o Aloísio e muito menos o Héber por terem tido uma atuação apagadíssima, até porque a bola não chegava nos caras. Não há Santo que dê jeito. Quem estava puxando contra-ataque para o Figueirense era o Aloísio. E o Rhayner? O "raio" Rhayner, que entrou para ser o camisa 10 da equipe, mas não fez nada, nadinha de nada de absolutamente nada no jogo.

Só que eu também não culpo o Rhayner, pelo contrário, até porque o treinador do time deu a ele uma responsabilidade que jamais ele conseguirá fazer um dia, ser o armador da equipe, o cara que pegará a bola, olhará para os adversários, para os seus companheiros, e depois tentará fazer uma jogada produtiva para o seu time.

Aí veio o segundo tempo e tudo parecia normal. O futebol apresentando por ambas as equipes era praticamente o mesmo do primeiro tempo. Nenhuma chance de perigo para um lado e muito menos para o outro.... Até que o Rhayner pediu pra sair e o Jorginho chama para entrar em seu lugar quem? Ele, Couuuuuuuuuuutttttttttinhooooooooo!

Sim, meus amigos, o Jorginho tirou o camisa 10 do time, o armador da equipe segundo sua concepção inicial, para colocar o seu xodó, o homem da previsão do tempo, Coutinho.

Caralho, por que não colocar um meia no lugar de outro? Por que essa insistência burra e ignorante no Coutinho? Para que inventar?

Sai um zagueiro, entra o Coutinho; sai um atacante, entra o Coutinho; sai um lateral, entra o Coutinho; sai um meia, entra o Coutinho; daqui a pouco o Wilson vai pedir para sair e o Jorginho vai colocar o Coutinho. Coutinho, Coutinho, Coutinho...

Coutinho entrou e 5 minutos depois, pra variar, o Figueirense toma um gol de cabeça. O que fazer agora, Jorginho?

"Olha, acho que eu vou fazer outra cagadinha hihihi. Tirarei o Ygor e colocarei o meu outro xodózinho, o Wellington Nem (W Nem). De repente, em nome de Jesus, a gente consegue tocar a bola de um lado par ao outro no campo de defesa do Coritiba".

Nada disso aconteceu. A porteira foi aberta e o Figueirense acabou levando dois gols em sequência. Resultado: 3x0 para o Coritiba. Sem muito esforço, ou melhor, com muita ajuda do treinador do Figueirense.

Mas é isso aí, está tudo certo. A ótima campanha dentro de casa fará com que mais uma derrota fora de casa a partir de agora seja coisa do passado. Se no próximo jogo o time vencer o Ceará, o ambiente super agradável e de família que parecem estar vivendo os jogadores e a comissão técnica do Figueirense prevalecerão e tudo ficará à mil maravilhas.

Uhul!!!!

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