terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Branco é gente boa


Quando o Márcio Goiano foi demitido do seu cargo de treinador do Figueirense, o que acabou gerando uma tremenda repercussão negativa na cidade, com a imprensa incrédula, jogadores insatisfeitos, torcedores revoltados etc, à época teci meus comentários não concordando com a atitude precipitada tomada pelos dirigentes (a famosa cirurgia do pavão) e por muito tempo fui chamado de viúva do Goiano, porém os mesmos que usaram este termo comigo e com um monte de gente hoje puxam o saco do ex-treinador Pequeno Jorge, que por aqui comandou o time na melhor campanha da história do clube no Campeonato Brasileiro da série A, é verdade, mas infelizmente era o tipo de pessoa que se achava a última bolacha do pacote, alguém muito acima do Figueirense, da torcida, da cidade, das pessoas etc. O mundo dá voltas...

Mas isso não vem ao caso. O que chama a atenção é que, coincidentemente, surge como substituto de Jorginho no cargo de treinador do Figueirense um ex-companheiro de seleção brasileira, um cara que jamais havia treinado um time de futebol após ter encerrado a carreira como jogador, no caso, Branco.

Quando foi anunciada a contratação do Branco confesso que me decepcionei, ainda mais porque pipocavam vários nomes de peso para assumir o cargo, como por exemplo o de Adílson Batista, que era o da minha preferência.

Branco chegou e logo na primeira entrevista que concedeu à imprensa, quando foi apresentado pelo clube, uma declaração dele me deixou feliz e esperançoso: "O Figueirense é um clube grande. Estou vindo para um clube grande e por isso a minha responsabilidade aumenta. A torcida é exigente, e tem que exigir mesmo. Aqui tenho que conquistar o título do Catarinense e fazer uma boa campanha na série A. É o maior desafio da minha carreira desde os tempos de jogador de futebol".

Tudo bem, é apenas uma declaração. Se o Branco tivesse assumido o time do mangue, por exemplo, talvez ele teria dito rigorosamente a mesma coisa, as mesmas palavras. Mas vocês, meus caros, por acaso um dia ouviram da boca do Jorginho que o Figueirense era um clube grande? Eu nunca ouvi. Era sempre aquele discurso do "Pézinho no chão", "Temos um orçamento muito menor do que o adversário", "Do outro lado há uma grande equipe, com jogadores mais qualificados do que temos aqui" etc, que deixava o torcedor alvinegro indignado. Eu ficava muito mais puto com as declarações dele do que com aquilo que ele fazia com o time.

Em relação ao Branco as coisas são bem diferentes. Tu consegue ver nele uma pessoa muito mais acessível do que o Jorginho. A figura do Branco é mais agradável, reparem na foto acima. A própria croniqueta esportiva da nossa cidade pensa como eu. E olha que para agradar aquele pessoal não é fácil, pelo contrário.

Não quero discutir personalidade de ninguém, até porque essa não é a minha área, longe disso, todavia, não tenho dúvidas que é muito melhor ter um treinador gente fina, boa praça, humilde, em sintonia com os torcedores, do que ter alguém que te olhava como um ser superior, intocável, melhor do que qualquer coisa que está a sua volta.

Espero e torço bastante que o Branco dê certo como treinador de futebol. Hoje quem ganha somos nós, amanhã pode ser outro clube, não importa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com vc, Leandro! O cara é muito humilde e simpático....coisa que o Jorginho nunca foi. Jorginho pode até ter tido êxito no Figueira...mas o problema sempre foi aquele "nariz empinado" dele! Porra, era sempre ele o bom, o trabalho dele...nunca os jogadores ou o clube que proporcionava nada! Isso querendo ou não, afetava o conjunto: clube, jogadores e torcida.
Com o Branco também já senti que é diferente. Agora é torcer pro cara dar certo, como já aconteceu até o momento, e que arrebente junto com os jogadores, clube e torcida1
Abraços;
Daniela.