Põe na tela, amarelo

Prometo não ser muito extenso no comentário que eu farei a respeito do clássico de ontem. Serei extremamente breve na minha análise sobre o jogo.

Para quem aguardava um futebol de altíssima qualidade do time sensação do Campeonato Catarinense, no caso o leão banguela, por vir de cinco vitórias consecutivas e principalmente por ser o líder da competição, na verdade presenciamos em campo um time muito fraco e sem nenhuma qualidade contra um time que, apesar de não ter feito uma partida espetacular, teve vontade e soube jogar o clássico como ele tem que ser jogado, ou seja, com raça.

Não foi um primor de partida, pelo contrário. Técnicamente o jogo foi fraco, nenhuma das duas equipes mostrou qualidade em campo. Não acreditem se disserem que o leão banguela foi superior durante todo o jogo e num lance de fortuito, de sorte o Figueirense venceu o jogo. Mentira. Quem disser isso ou é avaiano ou não entende absolutamente nada de futebol, como o Castiel, por exemplo.

O primeiro tempo do Figueirense foi preocupante, os jogadores estavam um pouco perdidos e tudo estava meio que se resolvendo na base do chutão. Não havia uma ligação da defesa com o ataque, e por causa disso Júlio César e Aloísio pouco apareceram. Roni, coitado, estava jogando sozinho no meio-campo e praticamente não tocou na bola.

Os laterais alvinegros não acertavam um lance sequer, principalmente o Guilherme Santos, que estava louco para entregar a rapadura. Quanto ao Pablo eu não falo mais nada. Cabe ao Branco optar por outro jogador para ocupar a vaga dele, mesmo que seja alguém improvisado. Infelizmente ele não tem condições de ser titular desse time.

Outro jogador que dificilmente continuará como titular é o volante Toró. Percebe-se nitidamente que ele está fora do prumo, sem condições físicas e técnicas de começar uma partida, ainda mais na função em que ele joga.

A "superioridade" do azulino na primeira etapa, no que diz respeito a posse de bola, se deu muito mais em função da falta de futebol apresentado pelo Figueirense do que qualidade técnica no futebol deles. Verdade seja dita não houve nenhum lance de perigo contra nós.

Podemos falar o que for do Branco, mas de todos os problemas que ele pode ter como treinador, normais para quem está iniciando na carreira, uma coisa não podemos negar: O cara é ousado. 


Na volta para o segundo tempo ele tirou o Toró e em seu lugar pôs o Luiz Fernando, no meio, para fazer com que o time pelo menos tivesse mais posse de bola e fosse mais criativo naquele setor. Outros tirariam o Toró e colocariam o Coutinho para segurar o resultado de empate.

E não deu outra: O Figueirense passou a dominar o jogo, partiu mais para cima do time do mangue, ofereceu mais perigo ao goleiro adversário, até que num contra-ataque, após belíssimo passe de Luiz Fernando que o deixou na cara do gol, Roni não titumbeou e marcou um golaço.

Adeus Tia Chica! Não adiantou nada o Mauro Ovelha tirar zagueiro e colocar meia, tirar volante e colocar atacante, pôr todo leão banguela para frente; nossa defesa estava intransponível.

Pirão? Robinho? Cléverson? Cléber Santana? Nunes? Ronaldo Capixaba? Neílson? Na boa, desde quando isso é time de futebol? Desde quando essa cambada de pernas de pau pode ser chamada de time sensação do Campeonato Catarinense? Time sensação ou time sem ação?

Eu falei que o time do mangue não era o favorito para o clássico. é bem verdade que eles vinham de cinco vitórias e eram líderes, mas o futebol que o time deles estava apresentando nos jogos era de doer, sem contar que nas últimas três rodadas eles haviam enfrentado Brusque, Camboriú e Marcílio Dias, times que, convenhamos, não possuem nenhuma qualidade.

Vale lembrar que foi num clássico, lá na Ressaqueda, que Edson Silva, constestadíssimo por 99% dos torcedores alvinegros, arrebentou e se tornou titular absoluto da equipe. Ontem Fred, o Fred Perone, jogou muito e merece o reconhecimento de todos nós. Além dele, outro que jogou muito foi o Canuto. Nossos volantes, Ygor e Túlio, aqueles cuja qualidade é igual as de Diogo "Mike Tyson" Orlando e Bruno "Paulada", Meu Deus, também jogaram demais. Em relação ao Wilson nem se fala. Falar que o Wilson arrebentou em mais um clássico é o mesmo que dizer que faz frio no Alaska.

Vitória merecida de um time que é bem melhor e tem muito mais qualidade do que o seu rival, mesmo jogando aquém do que pode jogar.