terça-feira, 19 de junho de 2012

Reforços, mas reforços de verdade, por favor!

Na minha humilde opinião o Figueirense precisa, urgentemente, de três reforços; três reforços pontuais, que cheguem hoje e, se possível, apareçam como titulares da equipe no dia seguinte. São eles: um lateral-direito, sem dúvida a necessidade mais necessária de todas; um meia, neste caso, um camisa 10 de verdade, armador, uma espécie de Maicon, ou com características semelhantes; e um atacante, artilheiro, um cara que se possível não tenha nenhuma habilidade, mas que saiba fazer gols, um finalizador.

Sei que o mercado de transferências está bastante restrito, cada vez mais complicado de se achar, garimpar bons jogadores em razão da forte concorrência que temos com os times brasileiros e, principalmente, com os times do exterior. No caso do Figueirense, no entanto, as dificuldades já foram bem maiores, muito maiores do que eu tenho certeza que são atualmente. Às vezes penso, ou melhor, acredito que o tempo das vacas magras tenha ficado para trás. Será? Ao que parece, não.

Uma das inúmeras coisas que eu não consigo admitir e/ou entender é o porquê do Figueirense não ser mais ousado, agressivo nas contratações. Essa política do "pés nos chão" não me agrada muito. Claro que as contas têm que estar em dia, é uma obrigação do clube não dar um passo maior do que as pernas, eu sei, só que manter essa política de forma errônea é algo que eu não consigo compreender, entender e até mesmo aceitar.

Vejamos, por exemplo, a montoeira de jogadores encostados que temos no elenco, os quais custam uma boa grana ao clube - e bota boa grana nisso -, e que há muito tempo não são aproveitados no time titular e muito menos na reserva. Sei de jogadores "amados", "adorados" e "venerados" pelos torcedores, que recebem em torno de quarentinha por mês. Isso mesmo pessoal, 40 mil reais por mês para ficar apenas treinando no CT do Cambirela. Sei, também, de jogador que ganha em dólar - muitos dólares, diga-se de passagem - e que provavelmente só voltará a jogar na metade do segundo semestre desse ano por causa de uma lesão no púbis.

Outros clubes da série A da mesma grandeza, estrutura, beirando a mesma situação financeira que a nossa fazem boas contratações, jogadores que cairiam como uma luva por aqui, enquanto que o Figueirense volta e meia vem com uns "Uguinhos", "Zezinhos" e "Luizinhos", que na sua maioria são agenciados e/ou empresariados pela Brazil Soccer, empresa do homem forte do Figueirense, Eduardo Uram. Alguns dão certo, acabam vingando e tal, mas boa parte deles não dão certo (a maioria), o que acaba, consequentemente, onerando demasiadamente as despesas do clube.

Acho que está mais do que na hora do Figueirense começar a se desvincular um pouco do Eduardo Uram - sei que atualmente é uma tarefa quase que impossível, já que todas as contratações, independentemente do vínculo com a sua empresa, ou não, tem, obrigatoriamente, que passar pelo seu crivo, análise, opinião, ponto de vista etc - para caminhar com as próprias pernas. Não é possível que, com o incremento de receitas para este ano, o clube ainda haja com uma mentalidade pequena, de série B, com muita humildade, uma casinha de pobre bem arrumadinha.

Será que vão esperar o final do campeonato do Acre para começar a trazer bons jogadores para cá?

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