Eu bati muito no Júlio César no campeonato catarinense porque no meu ponto de vista ele não jogou nem metade da metade da metade da metade do que jogou no campeonato brasileiro do ano passado. Ele foi muito criticado pelos torcedores, pela imprensa e, inclusive, cogitou-se a hipótese do clube negociá-lo para outro clube do Brasil e até mesmo do exterior. Mas nada disso aconteceu, Júlio César permaneceu e continuou sendo a referência, o principal jogador da equipe neste ano.
Com o início do campeonato brasileiro todos esperavam que ele fosse outro, no mínimo o mesmo jogador que nos acostumamos a ver em 2011, aquele cara que resolvia os jogos em jogadas individuais, participativo, finalizador, artilheiro etc, mas nada disso aconteceu nos três primeiros jogos dele no Brasileirão (Fluminense, Corinthians e Ponte Preta, respectivamente). Contra o Corinthians, diga-se de passagem, ele não foi tão mal. Devido às circunstâncias do jogo, com um jogador a menos durante quase toda a segunda etapa, e ainda por cima atuando de forma improvisada, até que ele não foi tão mal assim, é verdade, mas não há como negar que sua produtividade, rendimento foi bem abaixo do que ele, em forma, costuma apresentar.
Nesse meio tempo veio a intertemporada, em Atibaia, onde todo time ficou cerca de dez dias aprimorando, principalmente, a parte física, que, convenhamos, tornou-se, sem dúvida, o principal adversário dos jogadores alvinegros no primeiro semestre deste ano. O "problema" do Júlio César e de aproximadamente 70 ou 80% dos jogadores é ou continua sendo a parte física, algo nítido, latente e mais do que evidente. No campeonato catarinense, além de acontecer uma lesão atrás da outra, o pessoal morria na metade do segundo tempo das partidas, por isso aconteciam aqueles espasmos do time estar vencendo de dois ou três gols de diferença e mesmo assim quase que deixava os seus adversários empatarem ou virarem os placares dos jogos, como foi no caso das partidas contra Criciúma e Joinville, lembram?
Depois da intertemporada notei uma diferença significativa no comportamento da equipe, principalmente no que diz respeito à parte física dos atletas. O Júlio César, por exemplo, é outro jogador. Muito mais participativo, atuante, incisivo foi, certamente, o melhor do time nos jogos contra Cruzeiro e Bahia. Neste último jogo, por sinal, para este que vos escreve ele foi o destaco, porém, há de se levar em consideração, também, a grande atuação do Túlio.
Além de fazer o gol e de se movimentar bastante do primeiro ao último minuto do jogo, ele (Júlio César) deu um passe açucarado para o Aloísio, cara a cara com o goleiro do Bahia, mas o Touro Bandido, que ultimamente está mais para Carneirinho, conseguiu a proeza de desperdiçar aquela chance; isso sem contar a porrada que ele deu na trave, logo no finalzinho da partida. Por pouco, muito pouco, a bola deixou de estugar as redes.
Eu acredito, confio na subida de produção e de rendimento do Júlio César. No ano passado ele foi o melhor jogador do Figueirense no campeonato brasileiro, muito mais importante do que alguns jogadores que tinham ou ainda tem uma espécie de cadeira cativa entre os titulares. Não será por causa de um problema ou outro que ele vai deixar de jogar, com certeza ele não desaprendeu. As mazelas da equipe não podem recair todas sobre ele, quando tem jogador que perde gol debaixo da trave, quando tem zagueiro que não tira as bolas na hora certa e quando os laterais não fazem nada além de cobrar lateral - Pablo é tão ruim que nem isso ele sabe fazer. Jogar sozinho é algo que nem o Messi consegue fazer.
Sobre a declaração que ele deu, ao que parece fazendo menção a falta de incetivo do torcedor do Figueirense, logo após o término do jogo deste domingo contra o Bahia, particularmente não perco meu precioso tempo tecendo comentários acerca disso, haja vista que declaração de jogador de futebol é das coisas mais insignificantes a menos insignificante de ser comentada, analisada, discutida etc.
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