Ontem o Figueirense não jogou mal, pelo contrário, até que jogou bem. Não foi uma apresentação espetacular, de encher os olhos dos torcedores alvinegros que estiveram presentes no Scarpelli, porém suficiente para que os três pontos fossem conquistados. O problema, no entanto, assim como aconteceu no jogo contra o Cruzeiro, lá em Minas Gerais, na rodada anterior, foi na hora de finalizar em gol. As oportunidades surgem, são criadas, mas na hora de fazer o gol infelizmente alguns jogadores estão pecando e jogando fora oportunidades que não tem, não devem e não podem ser desperdiçadas.
Aquela velha máxima do futebol do "quem não faz, leva", que por sinal eu havia mencionado no meu comentário sobre o jogo contra o Cruzeiro, novamente pode ser utilizada para retratar, resumidamente, a história do jogo deste domingo contra o Bahia.
O primeiro tempo foi morno, franco, sem grandes chances para ambos os lados. Um chute aqui, um chute ali; nada além disso. O Figueirense entrou em campo com quatro atacantes, já que eu não considero o Almir tampouco o Júlio César meias, armadores ou criadores de jogadas. Tínhamos um time ofensivo, teoricamente, só que prática nem tanto, já que não havia ninguém no meio para criar as jogadas de ataque da equipe. Não adianta povoar o ataque com uma carrada de jogadores sem que não tenha ninguém para fazer com que a bola cheque neles com qualidade.
Dos quatro atacantes, Almir era o que estava jogando de forma um pouco mais recuada. Todavia, volto a repetir o que já falei aqui no blog à época da contratação dele: O Almir não é meia, ele é atacante! Não tentem fazer com ele o que tentaram fazer no ano passado com aquela mala do Elias. Como meia, como "camisa 10" ele não vai dar certo. Talvez um segundo homem de criação, o que chamamos de meia-atacante, mas "camisa 10", não!
A equipe voltou do intervalo com uma alteração, Caio saiu e em seu lugar entrou Botti. Entendi perfeitamente o que o Argel quis fazer, apesar de muitos acharem que ele deveria ter tirado o Aloísio ao invés do Caio. O certo é que, independentemente de quem tenha saído, o time melhorou e as chances começaram a aparecer. De tanto insistir o Figueirense abriu o placar com Júlio César. Após um leve desvio de cabeça do Aloísio num escanteio cobrado pelo Almir, o Imperador Alvinegro, oportunista, não deu chances para o azar e debaixo da trave abriu o placar do jogo.
Depois do gol era uma questão de tempo para o Figueirense ampliar o marcador. Naquele momento da partida a superioridade e o volume de jogo do alvinegro eram bem maiores do que o adversário. A oportunidade mais clara de todas para aumentar a vantagem no placar aconteceu quando Aloísio e Botti perderam três gols, isso mesmo, três gols fáceis de se fazer, no mesmo lance, entre o goleiro e a trave. Não dá para explicar, só mesmo vendo o lance para crer no que eu disse.
E, como que não faz, leva; o Bahia passou a tocar mais a bola, começou a tocar a bola, ornou-se um pouco mais envolvente, até que num lance fortuito, após falha grotesca dele, Pablo - EU QUERO É NOVIDADE -, que, ao invés de deixar a bola passar não, resolveu tentar tirá-la de cabeça, errou, e acabou dando ela de lambuja, de bandeja, açucarada para o adversário, que não titubeou, acertou um belo chute e empatou o placar.
Não tenho mais o que falar sobre o Pablo, mas não vou culpá-lo pelo empate de ontem, principalmente porque as duas chances claríssimas de gols perdidos pelo Aloísio foram tão gritantes quanto o erro do Pablo. O que causa estranheza e perplexididade é o motivo pelo qual estão mantendo o Pablo como titular da equipe. Caralho, coloquem alguém improvisado na lateral-direita, nem que seja o Coutinho - a que ponto chegamos, amigos -, mas tirem o Pablo de lá, não há um jogo em que ele não faça pelo menos uma cagada que comprometa o resultado da partida.
Mudando de pato para ganso, quero destacar a atuação de dois jogadores: Túlio e Júlio César. Jogaram muita bola, e no meu ponto de vista foram os melhores em campo. Túlio, implacável na marcação e com uma saída de bola de altíssima qualidade, é o grande nome do Figueirense na temporada; Júlio César, que começou mal, muito mal, mas depois que voltou da intertemporada que o time fez em Atibaia é outro, ou melhor, voltou a ser o Júlio que nos acostumamos a ver.
Dois jogos em casa, diante da Ponte Preta e do Bahia, adversários diretos e com os mesmos objetivos do Figueirense na competição, que é o de permanecer na série A e, quem sabe, tentar um algo a mais, como a classificação para a Copa Sul Americana, que vieram aqui e "roubaram" quatro pontos que a princípio contávamos como ganhos. Seis jogos e apenas uma vitória...
Prevejo um segundo semestre sofrido, bem sofrido!
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