A desculpa esfarrapada da diretoria quando demitiu o Eutrópio (o treinador que conquistou em sequência o acesso e o título do Campeonato Catarinense foi demitido, de acordo com o gerente de futebol, Rodrigo Pastana, por causa das duas derrotas nas duas primeiras rodadas do Brasileirão) pelo visto não está servindo, agora, para demitir o Guto Ferreira. Ou seja, critério é algo que passa longe do Scarpelli.
Sob o comando do atual treinador, para se ter noção da tragédia, o Figueirense venceu apenas um jogo dos seis que disputou e, pior, o time como um todo não apresentou absolutamente nada. A vitória para cima do Corinthians mascarou por um determinado momento a falta de qualidade da equipe. Perder é mais do que normal, tudo bem, faz parte; só que perder sem mostrar praticamente nenhum resquício de futebol é demais.
Volante sem qualidade sendo o responsável pela armação das jogadas, laterais que entram em campo apenas para marcar (e ainda por cima marcam mal), meias jogando praticamente sozinhos, atacantes que finalizam muito pouco ao gol, alterações durante o jogo completamente ridículas, jogadas ensaiadas inexistentes, esquema tático confuso etc: esse é o emaranhado em que transformou-se o Figueirense.
O problema, portanto, é somente do treinador? Claro que não! Os jogadores, evidentemente, também tem culpa no cartório, afinal de contas são eles que entram em campo. Mas, se os "resultados negativos" serviram de base para justificar a demissão do Eutrópio, por que, então, não servem, também, para despachar de uma vez por todas o Guto Ferreira?
Ainda dá tempo de arrumar a cagada que fizeram. Basta trocar imediatamente o comandante do barco, trazer um treinador acostumado a lidar com situações como essa, contratar jogadores que cheguem imediatamente para ser titulares, rezar e, ao final, torcer para que tudo dê certo. Simples assim!
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